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sábado, 15 de novembro de 2014

Arctic Monkeys fazem show pesado e sem firula para Anhembi lotado


Texto: Rodrigo Ortega.
Fonte e fotos: G1 (São Paulo)
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante)



Arctic Monkeys em SP

/
Banda inglesa tocou em SP na noite desta sexta e vai ao Rio no sábado.
Alex Turner dispensa conversa com público e foca em rock vigoroso.

Não tem conversa, mãozinha pro alto, nem incentivo a coros do público. Alex Turner vai direto ao ponto, sem se preocupar em ser instrutor de aeróbica. O caso não é de antipatia, mas de direcionar a energia para a música. O líder dos Arctic Monkeys comandou um show pesado e vigoroso na noite desta sexta-feira (14) no Anhembi, em São Paulo, com ingressos de pista esgotados.

O show começou por volta das 23h e durou uma hora e meia. A assessoria não confirmou a quantidade total de presentes. O espaço tem capacidade média para 30 mil pessoas. Depois de SP, a banda toca no HSBC Arena, no Rio, também com todas as entradas vendidas. Os dois shows no Brasil encerram turnê de quase dois anos, com 150 shows pelo mundo. Eles divulgam o bem-sucedido álbum “AM”, quinto da carreira.

Alex Turner durante o show do Arctic Monkeys em São Paulo nesta sexta-feira (14)
Foto: Marcelo Brandt/G1

O repertório privilegia músicas pesadas. Mesmo quando é mais lento, as guitarras de “My propeller” e “All my own stunts” entram no lugar que poderia ser das baladas “Suck it and see”, ”The Sellcat Spangled Shalalala” e “Cornerstone”. As partes graves e arrastadas renderam um show com um ponto a menos de vibração que o Lollapalooza 2012. Talvez a chuva fina e fria, que resolveu cair dez minutos antes de o show começar, tenha interferido.

 Não chegou a estragar a noite, nem desfazer por completo o penteado de Alex Turner.
Apesar da postura blasé entre as músicas, o quarteto tem boa presença de palco.

O baterista Matt Helders dá conta de levadas firmes e vocais de apoio agudos.
Mas é Alex quem atrai toda atenção.
Tudo o que dispensa em conversa fiada, guarda para a interpretação das músicas.
Ele dança e gesticula para explicar a ode à musa “Arabella”.

Imita os braços de “Macarena” no trecho que cita a dança em "Don't sit down cause I've moved your chiair".

Não é pose forçada, mas dança expressiva, como notou o fã que virou "amigo de balada" da banda na quinta-feira na rua Augusta.


Os dois shows da banda inglesa no Brasil encerram turnê de quase dois anos do bem-sucedido álbum 'AM' (Foto: Marcelo Brandt/G1)

A única preocupação de Alex Turner além das músicas é o cabelo. A cada dois minutos, passa a mão nas madeixas. Às vezes vai ao fundo do palco pentear. Sem ouvir, percebe-se que “I bet you look good on the dancefloor” é a mais animada. Basta ver que o vocalista se agita tanto que o cabelo até fica um pouco atrapalhado. Devidamente repenteado, faz o encerramento antes do bis com a intensa “505”.

No show da Argentina, ele fez a introdução engraçadinha “essa música se chama ‘505’ e é em ré menor”; no Brasil nem isso.

Antes de terminar com outra música pesada de desmanchar o penteado - “R U mine” -, uma rara e breve concessão aos fãs. Alex canta um trecho da favorita de longa data dos seguidores “Mardy bum”. Faz uma pausa longa e dramática e, em vez de continuar, volta para o repertório planejado.

Show não é só karaokê e "greatest hits".
Bom que ainda exista banda que pense assim e cada vez mais lote arenas.
Fala pouco; fala muito

Toda a cota de conversa economizada pelos ingleses foi gasta no falatório do show de abertura, dos Hives. Ao contrário dos Arctic Monkeys, os suecos não tinham um disco novo para mostrar em relação ao show anterior no Brasil. O quinteto já tinha apresentado no Lollapalooza 2013 as músicas de "Lex Hives" (2012). O espetáculo é o mesmo: o falante Pelle Almqvist brinca de manipular o público e apresenta cada música com a pompa de um mestre de cerimônia de si mesmo.



Na hora de apresentar a banda, o vocalista não é modesto: "Eu sou o babaca charmoso que você odeia amar". O público compra  e fica bem animado para o show de abertura. De novidade, duas músicas que devem estar no próximo álbum. "Two kinds of trouble" é pesada e cheia de paradinhas, nada diferente do que sempre fizeram. "I'm alive" é quase blues, menos quebrada e é mais dramática. Essa ainda teve dancinha e rebolado de Pelle.







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